sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sustentabilidade no setor elétrico


O Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA ainda conta com a forte presença das empresas do Setor Elétrico: em sua oitava edição, das 37 companhias selecionadas para compor o indicador em 2013, 11 são elétricas, o que equivale a 30% da carteira.

O oitavo Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA, que foi divulgado no final de novembro, mostra a forte presença do setor de Energia Elétrica na carteira de ações; o ISE vai vigorar de 7 de janeiro de 2013 a 3 de janeiro de 2014.

AES Eletropaulo, AES Tietê, Cemig, Cesp, Coelce, Copel, CPFL Energia, EDP, Eletrobras, Light e Tractebel estão entre as elétricas. A WEG, que fornece equipamentos para o setor, também passa a fazer parte do índice em 2013.

O Centro de Estudos em Sustentabilidade, da FGV-EAESP, é o responsável pelo desenho metodológico do ISE, criado em 2005, e este método procura avaliar, de modo integrado, diferentes aspectos, como elementos ambientais, sociais, econômico-financeiros, de governança corporativa, responsabilidade social e mudanças climáticas.

A carteira do ISE abrange 16 setores da economia e é composta por 51 ações, que somam R$ 1, 07 trilhão, em valor de mercado.

O perfil do consumidor brasileiro

De acordo com projeções realizadas pelo Ibope Inteligência a respeito da economia brasileira, o consumo das família cresceu cerca de 13,5% em 2012, uma alta comparável a países como a China. Ainda segundo o instituto, até o final do ano, os gastos nacionais devem ultrapassar R$1,3 trilhão, o que equivalente à soma dos PIBs da Argentina e Suécia.

Atualmente, o mercado brasileiro é campeão em diversos setores. Em nenhuma outra nação, o comércio de Tvs de tela fina e celulares cresce com tanta velocidade. O país já é o quarto maior mercado de carros no mundo, o terceiro em cerveja e cosméticos e lidera segmentos alimentícios, como a de produção de achocolatados. Os brasileiros não estão apenas comprando mais – estão gastando com qualidade. A classe média, por exemplo, é responsável por quase 80% do consumo das famílias.

Embora as regiões Sul e Sudeste sejam as que predominam como forças econômicas, os estados do Norte e Nordeste estão crescendo a todo vapor no que diz respeito ao consumo e também ao emprego. De 2003 a 2011, a renda média do brasileiro aumentou cerca de 33%. “As empresas oferecem oportunidades com carteira assinada, o consumidor se sente mais confiante para obter acesso ao crédito e a economia toda é favorecida”, diz Marcelo Neri, economista e coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV-EAESP.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Evolução nos investimentos


A taxa de empreendedorismo no Brasil cresceu muito na última década, de 0,7%, em 2001, a 14,9% em 2011, de acordo com um estudo realizado pelo Centro de Empreendedorismo e Novos negócios da Fundação Getulio Vargas. Com esse novo índice, que pode ser reflexo de uma economia mais aquecida e de um maior índice de escolaridade da população, o país se aproxima do patamar dos países mais desenvolvidos. Os setores em que a necessidade prevalece são caracterizados por funções mais operacionais, como obras de acabamento, comércio varejista e lanchonetes.

Mesmo com esses dados animadores, os empregos gerados por esses negócios diminuíram. Em 2001, a maioria dos empreendimentos, cerca de 46%, agregava de 1 a 5 funcionários. Em 2011, esse total de empreendimentos caiu para 40%. Isso se deve ao fato da complexidade para se contratar mão-de-obra no Brasil e pelos altos tributos.

Esse novo perfil engloba também o gênero dos trabalhadores. Em 2001, as mulheres correspondiam a 38% dos trabalhadores, ao passo que esse montante aumentou para 49% em 2011. Também mudou o nível de instrução dos empreendedores: cerca de 20% em 2001, porcentagem que se manteve até 2011. No entanto, o número de indivíduos com o ensino médio ou superior incompleto cresceu de 34% para 69%.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mais empresas sustentáveis


Aumentou expressivamente o número de empresas que estão disponibilizando o relatório de sustentabilidade no Brasil. O total de empresas citadas pela BM&FBovespa que aderiu ao Relate ou Explique subiu de 45,31%, em maio, para 57,95%, em outubro de 2012. Ao todo, 253 corporações já informam em seu formulário de referência sobre a publicação de informações relacionadas às atividades de responsabilidade social ou explicam por que ainda não aderiram a essa prática.

O Relate ou Explique é um programa recomendado pela BM& FBovespa neste ano, com o intuito de facilitar o acesso de investidores e analistas a informações relacionadas aos negócios e às práticas de sustentabilidade das companhias, oferecendo transparência ao mercado. A iniciativa da bolsa estimula as companhias a indicarem em seus formulários de referência a publicação de relatórios de sustentabilidade.

As empresas que publicaram suas informações sobre o programa até o dia 19 de outubro, integram agora o banco de dados. Relatórios de sustentabilidade estão entre as principias fontes de informação utilizada por analistas e têm atraído um número cada vez maior de investidores, aponta um estudo realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (Gvces).

Programa de incursão internacional


A partir do próximo ano, um programa internacional da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, vai entrar em ação, simultaneamente, em escolas de negócio de cinco países. Esse programa de imersão vai acontecer no Brasil, Turquia, China, Espanha e nos Estados Unidos, com cada uma das cinco escolas ministrando um curso mais adequado às suas principais áreas de atuação. Aqui no Brasil, a FGV-EAESP vai promover um programa em marketing para pessoas de baixa renda.

Serão aproximadamente 30 alunos, de 22 instituições parceiras, que poderão fazer os cursos intensivos. Além disso, as instituições estão formalizando planos para compartilhar estudos de casos, que serão renovados todos os anos e de acordo com a realidade do mercado em tempo atual.

As escolas vão ainda trabalhar juntas para produzir mais estudos de casos. A Universidade de Yale e o mexicano Instituto Tecnológico Monterrey, por exemplo, já desenvolveram um caso sobre o Walmart no país latino.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Planejando a vida


O que você quer para sua vida nos próximos anos? Pensar na aposentadoria, pegar um tempo para si, ou investir na carreira? Para cada objetivo, há um planejamento a ser realizado e, para isso, faz-se necessário poupar com responsabilidade e disciplina

Acumular recursos para fazer um MBA, pós graduação ou um Master's Degree no exterior, por exemplo, exige grande planejamento e investimento. A variação cambial pode ser um grande problema nesse sentido – um montante de 200 mil reais em dois anos e, com uma taxa de câmbio a 2,30 reais, pode transformar os 200 mil reais 87 000 dólares, dinheiro que pode ser insuficiente para cobrir os gastos estimados.

Para um futuro tranquilo, a definição de onde investir para ter uma velhice confortável depende do perfil de risco de cada pessoa. Imaginando que o prazo de resgate seja flexível, por exemplo, o caminho natural, de acordo com o professor William Eid, da FGV-EAESP, seria procurar ações que ao longo do tempo ofereçam uma boa perspectiva de valorização.

Por uma outra perspectiva, um ano sabático fora do país pode ser uma boa maneira de se encontrar pessoal e profissionalmente. Aprender a aceitar a diversidade e administrar diferenças são qualidades que estão sendo cada vez mais valorizadas nos profissionais das gerações mais novas. Mas isso também exige um planejamento “Serão dois períodos distintos, o do sabático em si, que vai acarretar gastos grandes, e o período de busca de uma nova colocação profissional, na volta ao país", observa o professor.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fundos de sustentabilidade


Fundos de sustentabilidade se diferenciam dos demais porque atraem investimentos em modelos de negócios que levam em consideração ações de responsabilidade social e ambiental. Já nos anos 1980, nos Estados Unidos, esse tipo de negócio passou a ser identificado pela sigla SRI (Socially Responsible Investments). Empresas que trabalham com tabaco, álcool, jogos de sorte e armamentos, companhias que compactuam com o trabalho escravo ou qualquer forma de discriminação, não entram na lista.

O advento do ISE pela Bolsa de Valores de São Paulo, com metodologia criada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola da FGV-EAESP, tem o mérito de incentivar o uso de boas práticas no meio empresarial. As empresas com este selo não são apenas um referencial para os investidores, mas também, um modelo de organização ideal em um mundo que pede cada vez mais por sustentabilidade.

O investimento nesse modelo vem subindo. Em 2007, o capital aplicado em fundos de sustentabilidade no país somava R$ 500 milhões. Um ano depois, a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) estimou que os fundos de sustentabilidade na Bovespa somassem R$ 2 bilhões até o final daquele ano.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Startup brasileira vai para o Vale no Silício


Boas e simples ideias vem sendo cada vez mais reconhecidas no meio empresarial. As startups, geralmente iniciadas por jovens na faixa dos 20 e poucos anos, vem ganhando grande notoriedade, principalmente nos ramos da Comunicação e Tecnologia da Informação.

Um grupo de pernambucanos criou o Eventick, uma empresa de vendas de ingressos online que está provando que um negócio iniciado fora do eixo Rio-São Paulo pode se desenvolver positivamente. Em quase um ano de atividade, os quatro sócios se preparam para passar três meses incubados no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Eles fazem parte da única empresa pernambucana premiada pelo Desafio Brasil, do GVcepe.

Os jovens sócios embarcam em janeiro para a Califórnia, onde terão oportunidade de desenvolver o Eventick a partir de instrumentos e práticas norte-americanas. Há reuniões marcadas com investidores, contato com Venture Capital (capital de risco), ensino de práticas de gerenciamento de marca, acesso a rede de mentores especializados e relacionamento com clientes. Atualmente, a empresa possui mais de 23 mil ingressos emitidos e mais de mil organizadores, em 20 estados brasileiros.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

As mulheres e o mercado de trabalho


Nas últimas décadas, diversos acontecimentos marcaram a sociedade brasileira. Muitos desses motivos culminaram na crescente participação da mulher no mercado de trabalho, fatos estes que podem ser de origens econômicas, sociais e culturais. A transformação da estrutura produtiva, a redução na taxa de natalidade e o processo de urbanização são alguns desses motivos tão relevantes.

De acordo com dados do IBGE, a população brasileira é formada por 200 milhões de pessoas, sendo que pouco mais da metade (51%) são do sexo feminino. Estudos recentes mostram os cargos mais elevados e altamente remunerados, que vêm crescendo mais rapidamente entre mulheres do que entre homens desde a década de 2000. Em suma, as mulheres respondem por 41% da força de trabalho no Brasil, sendo que 24% delas ocupam cargos de liderança dentro das empresas.

Um reflexo dessa tendência foi a criação do 10.000 Mulheres, um programa de âmbito internacional, do qual participa a FGV-EAESP aqui no Brasil. O projeto visa auxiliar mulheres de vários países a concretizarem o sonho de iniciarem um negócio próprio. “As mulheres que procuram pelo curso são empreendedoras. Para concorrer a uma das 35 vagas, devem ter um negócio próprio em funcionamento e não serem ex-alunas da FGV-EAESP ou demais escolas da Fundação Getulio Vargas", diz Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Confira seu desempenho no vestibular da FGV-EAESP

As provas para preencher as 200 vagas do cursos de Administração de Empresas da FGV-EAESP, para o primeiro semestre de 2013, aconteceran neste domingo, dia 09/12. Divididos em dois períodos, os exames ocorreram da seguinte maneira: das 8h30 às 12h30, foi aplicada a prova com questões de múltipla escolha de matemática, português, inglês, história, geografia e atualidades. Das 14h às 18h, foram realizadas as provas discursivas.

A resolução da prova de Matemática Aplicada do Módulo Discursivo e o gabarito das questões de múltipla escolha para a graduação em Administração de Empresas serão divulgados amanhã, às 18h, no site: www.vestibular.fgv.br.

A lista com os aprovados no vestibular da FGV-EAESP sai no dia 11 de janeiro de 2013, às 18h, também no site da instituição. A matrícula para o curso de Administração de Empresas acontece no dia 05 de fevereiro.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Mestrado em Gestão Internacional


A FGV-EAESP está com as inscrições abertas para o Mestrado Profissional em Gestão Internacional (MPGI), criado especialmente para jovens profissionais com até três anos de formação e que procuram desenvolver as competências necessárias para posições de liderança em negócios.

Um grande diferencial do programa é a possibilidade da obtenção de uma dupla certificação, por meio de uma parceria com a escola brasileira e com uma instituição conveniada, como o CEMS – The Global Alliance in Manegment Educatiom, comunidade composta por universidades de 28 países e mais de 50 empresas.

Durante as aulas, tanto no Brasil como no exterior, o idioma oficial é o inglês, que é utilizado nas atividades acadêmicas e na elaboração dos trabalhos escolares. A estrutura do programa é bastante flexível, o que permite aos alunos escolher o que for mais conveniente em relação às sequências de disciplinas e às matérias eletivas.

O início das aulas está marcado para agosto de 2013 e as inscrições para o processo seletivo ocorrem até o dia 31 de janeiro. Interessados em conhecer detalhes do programa podem se cadastrar para sessões de informação com o coordenador do curso, a serem realizadas nos dias 10/12/12, às 13h, e 23/01/13, às 19h, nas dependências da escola. Informações: www.fgv.br/mpgi .

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Comportamento nas empresas


No universo corporativo, as pessoas passam pelas mais variadas situações e por algum motivo algumas coisas passam a não ser encaradas do modo socialmente considerado correto, mas sim, de acordo com o que a pessoa está sentindo na hora (muitas vezes, indo na contra-mão da ética).

“Ao lidar com os fatos da vida e fazer seus julgamentos, o cidadão usa sua escala de valores, e são elas que definem sua inserção na sociedade. Indignar-se com o absurdo é um valor. Ao deparar com uma notícia escabrosa de corrupção, como um crime hediondo ou uma atitude inverossímil, o cidadão tem de claramente manifestar sua contrariedade. Mais que criticar ou censurar, é necessário demonstrar com clareza a indignação com o fato”, diz Luiz Carlos Cabrera, professor da FGV-EAESP.

Isso pode ocorrer nos mais diversos âmbitos e, em uma empresa, a situação é parecida. Muitos se calam para não criar mal estar e, às vezes, preferem deixar a empresa. Seria melhor se demonstrassem sua indignação. É preciso gerar desconforto para mudar alguma situação indesejável. “O que recomendo, no entanto, é que a demonstração seja polida, calma, sem gritos, mas com muita consistência. O ato de se indignar deve ser baseado em fatos e não somente em opiniões”, completa o professor.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Negócios sustentáveis


Já é conhecido que o desenvolvimento de tecnologias verdes e energias renováveis tem se tornado um negócio lucrativo nos últimos anos e continua a atrair capitais. Só o setor energético apresentou um crescimento de 50% no faturamento, nos últimos três anos, alcançando a marca de 198 bilhões de euros.

A ONG ambientalista WWF prevê que até 2015, o mercado de tecnologias sustentáveis atinja a faixa entre 240 a 290 bilhões de euros. Estimular o crescimento de empresas com soluções criativas e de tecnologias limpas é uma necessidade diante da competitividade no mercado internacional.

Essa pujança é comandada principalmente pela China, que passou a União Européia no que diz respeito ao faturamento, indo de 13 bilhões de euros à marca de 57 bilhões.

Para que esse modelo seja aplicável, são necessários incentivos iguais no mundo todo, para que, dessa maneira, pequenas e médias empresas possam aderir a essa tendência. “Não é pela falta de projetos e boas ideias que essas empresas não decolam. As pequenas se ressentem pela falta de acesso às áreas de compra das grandes corporações que vão viabilizar a cadeia produtiva”, explica Paulo Branco, coordenador do projeto inovação e sustentabilidade na cadeia de valor do Centro de Estudos de Sustentabilidade da FGV-EAESP.

Por enquanto, o Brasil adotou uma posição passiva como importador desse tipo de tecnologia. Um dos motivos seria a falta de incentivos governamentais para o setor, como ocorre na Espanha, por exemplo, que é uma das maiores exportadoras de tecnologia eólica do mundo. No entanto, mesmo com um ritmo mais lento, a tendência é que a iniciativa privada do país passe a investir no mercado de maneira mais incisiva nos próximos dez anos.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O peso da experiência


Mesmo com o crescimento dos cursos de especialização, pós-graduaçãoMBA no País, o mercado ainda valoriza muito a experiência adquirida pelas pessoas ao longo da vida profissional. Muitas das grandes empresas procuram trabalhadores que acumulam anos de atuação na gestão de pessoas, com habilidades para lidar com o capital humano, independentemente da faculdade que cursaram.

Alguns especialistas acreditam que é importante buscar conhecimento em gestão de RH, o que pode ser adquirido com uma pós-graduação. "Temas como liderança e desenvolvimento de talentos são muito complexos para uma sala que não possui profissionais já experientes e atuantes no mercado", ressalta Renato Guimarães Ferreira, coordenador do curso de especialização em Administração para graduados da FGV-EAESP.

A EAESP ainda não pretende lançar um programa de graduação em gestão de RH. Para atender profissionais que buscam especialização, a instituição oferece o CEAG, curso de pós-graduação lato sensu em Administração, com módulos voltados à área. O curso foi desenvolvido para quem tem mais de três anos de formado. "O gestor deve ter uma visão integrada de todas as áreas funcionais, para compreender a dinâmica do negócio onde atua. Por isso, a grade curricular é bem abrangente", explica Ferreira. Para ele, o fato de gestores de RH virem de diferentes áreas não é um problema. "O importante é que ele tenha habilidade para dar o suporte à gestão de equipes e não deixe de se atualizar e de se especializar", completou.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Circuito mundial do ensino de negócios


O Brasil é um dos países que mais se destacam no cenário internacional e apresenta um dos maiores crescimentos econômicos. A falta de talentos realmente capacitados em gestão deveria ter colocado o país como prioridade para as principais instituições de ensino de negócios americanas, há pelo menos 15 anos.

O foco dessas escolas acabou sendo outro, que apresentou um plano mais estruturado de educação e apoio aos estudantes. Países do Oriente, como China, Cingapura e Índia, desenvolveram programas conjuntos com instituições locais, até conseguirem instalar campi nesses países. No entanto, desde 2010, os olhos estão cada vez mais voltados ao Brasil, o que fez com que diversas das principais instituições de ensino superior no mundo começassem a criar modelos de intercâmbio por aqui.

As escolas brasileiras de ponta passaram a estabelecer alianças com instituições de renome mundial. A ideia é escolher uma escola credenciada pelas principais entidades internacionais de avaliação de programas e bem classificada nos rankings internacionais. A Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), por exemplo, se associou à Kenan-Flagler, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, à Rotterdam School of Management, da Europa, ao Egade, do México, e à Universidade Chinesa de Hong Kong para montar o programa OneMBA, que este ano comemora seu 10º aniversário."Enquanto nos países ricos o número dos que querem obter uma pós caiu nos últimos dois anos, as inscrições para o programa OneMBA da FGV-EAESP duplicaram no mesmo período", afirma Marina Heck, reitora associada do curso da FGV-EAESP.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Construindo um líder


A qualificação e experiência de um profissional são as maiores preocupações dos presidentes de empresas no País, de acordo com o estudo Global CEO Study 2012, da IBM, que ouviu mais de 1700 presidentes de companhias, em 64 países. Desse montante, cerca de 87% pensam que a falta de competência dos funcionários pode refletir efeitos negativos sobre os negócios.

Para os cargos mais altos, essa qualificação implica em algum tipo de programa que proporcione o desenvolvimento de uma capacidade analítica mais profunda. Isso vem de acordo com as competências e exigências necessárias que os gerentes e diretores necessitam. Para muitos profissionais, o MBA também é o reforço que faltava para tomar a decisão de empreender. É comum encontrar profissionais que, ao término do curso, partem para a abertura de um negócio. "Quando se adquire o embasamento, as pessoas se sentem mais seguras para arriscar. Um curso forte de MBA desenvolve as competências e as técnicas para aprimorar essa segurança", afirma Silvia Sampaio, coordenadora executiva do OneMBA, da FGV-EAESP.

O uso de recursos tecnológicos também permitem a comunicação nos cursos que têm alunos de diversos países, como o OneMBA. "Usar a plataforma online é imprescindível para nós, pois nossos alunos estão em diversas regiões do mundo e têm de desenvolver projetos em conjunto", explica Sampaio. Isso facilita, ainda, uma relação com diversos outros países e culturas, característica inerente aos profissionais que ocupam altos cargos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Trabalhando com o Fundo de Poupança


Está um pouco mais fácil para juntar dinheiro com a atual situação econômica do Brasil. Por conta disso, cada vez mais o brasileiro está se interessando em investimentos para aplicar o excedente, procurando sempre opções simples, seguras e rentáveis para aplicar o dinheiro. “A poupança é um ótimo instrumento para a entrada no mundo dos investimentos. Simples, segura, com liquidez. No momento, não tem um rendimento atraente, mas é uma boa porta de entrada para o pequeno investidor”, diz William Eid Junior, professor da FGV-EAESP.

Com taxa Selic no patamar em que se encontra, muitos investidores se perguntam sobre o que vale mais a pena: investimento em fundos DI ou em poupança? Trata-se de produtos diferentes, mas que são utilizados para propósitos similares.

Há diversos tipo de investimentos considerados seguros pelos especialistas. Em relação à de caderneta de poupança, só há uma, mas em se tratando de investimentos em geral, há um conjunto imenso de considerações a fazer. “Projeto associado ao investimento, risco do investimento, outras rendas do poupador, idade dele e tributação a que está sujeito são apenas alguns dos aspectos a serem analisados. E como eles variam muito, a resposta também vai variar. O risco de perder o capital principal, que é a pior ameaça para o poupador, é muito baixo ou quase inexistente na caderneta de poupança, nos fundos DI e de Renda Fixa e nos CDBs”, completa Eid.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Reorganizando as tarefas


Uma das grandes reclamações dos profissionais da atualidade é a falta de tempo. Não são todas as pessoas que realmente se organizam e preparam as atividades de forma eficiente: “Se não houver gerenciamento do tempo, o profissional fica refém das circunstâncias", diz João Baptista Brandão, professor da FGV-EAESP.

Trabalhar muitas horas é um problema para a maioria dos profissionais. As soluções para melhorar a gestão do tempo podem ser simples e pequenos ajustes na agenda já produzem ganhos de eficiência. Veja algumas dicas:

Tecnologia a favor da rotina

Aplicativos de smartphones e tablets são a nova moda para organizar tarefas. Um dos mais famosos é o Evernote, disponível para iOS, Windows e Android, no qual é possível fazer anotações, armazenar arquivos e compartilhar informações.

Hora do dia

Acompanhar o comportamento da produtividade pessoal ao longo do dia é uma forma de identificar momentos em que a disposição para o trabalho está mais alta ou mais baixa.

Estipule critérios

Dedicar tempo ao que é mais importante por meio de critérios ajuda a organizar a agenda. Entre um compromisso prioritário e outro nem tanto, opte pelo primeiro, é claro.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Novo modelo de liderança


O papel de um líder hoje, no mundo dos negócios, está passando por uma grande transformação. Não basta apenas que o chefe diga como e o que deve ser feito – ele tem que explicar o porquê as coisas devem tomar um determinado rumo, e tem de fazer isso de modo convincente. Para João Baptista Brandão, professor de liderança e de gestão de pessoas na FGV-EAESP, a chave da nova liderança não está mais apenas na graduação ou na capacidade de gerenciar projetos, mas, tão importante quanto, é também saber gerenciar pessoas.

"Antes de tudo, é preciso construir vínculos de confiança. Sem confiança, os jovens não se comprometem", explica o especialista. O apego à informalidade é outra forte característica da geração Y, que está entrando agora no mercado de trabalho – outro ponto determinante é o imediatismo e volatilidade: se o jovem não está feliz no posto em que ocupa, nada o impede de seguir por outros caminhos. Não há mais o apego pelo trabalho que a geração anterior tinha.

A relação não-linear com a carreira é o que sintetiza essa Geração Y: ao mesmo tempo em que trabalham, eles também estudam, escutam música, veem um video que está fazendo sucesso, leem diversas noticias e compram coisas. Os gestores de RH que trabalham com métodos de décadas atrás irão ter muita dificuldade em se encaixar com esses novos trabalhadores.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cada vez mais cedo


Cada vez mais as pessoas estão querendo iniciar seus negócios mais cedo: mais da metade dos 56% jovens brasileiros desejam empreender. Os jovens da região norte do País são os que mais querem abrir uma empresa própria, seguidos pela região Centro-oeste, sul e nordeste e, por último, a sudeste. Na contra-mão dessa tendência, seguem as estatísticas dos jovens que querem trabalhar para empresas privadas: de 87%, no começo da década de 2000, para 75%, em 2011.

Os jovens têm grandes vantagens para começar um novo negócio, principalmente nos setores de informática e tecnologia. Esses representantes da Geração Y já cresceram com a internet em casa, o que estimulou muito o acesso a novas informações, de diferentes segmentos. Os empresários mais velhos, de olho nessa tendência, começaram a apostar nesse talento dos jovens, e já existem no mercado diversos fundos de investimentos que ajudam startups, cujos criadores são pessoas na faixa dos 20 e poucos anos.

Segundo o Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da FGV-EAESP - GVcepe, no ano de 2005, haviam, no Brasil, aproximadamente 71 instituições, que tinham cerca US$ 6 bilhões aplicados em fundos de investimento. No início de 2010, os números subiram para 144 gestores, que administravam capital investido de mais de 36 bilhões de dólares.

Administração também é uma arte


A Administração de Empresas, segundo especialistas, não pode ser tratada como uma ciência exata – ela é também uma arte! É preciso refletir sobre os assuntos e definir estratégias realmente inovadoras e criativas para ter sucesso na área. Tão importante que a própria criação de uma estratégia é sua implementação e o acompanhamento necessário para que os projetos cheguem ao objetivo.

Em grande parte das instituições de ensino superior, o estudo de Administração de Empresas encaixa-se nas áreas humanas (ao contrário das exatas, como muitas pessoas acreditam), justamente pela necessidade dessa formação humanística. “Se a técnica dominar as empresas, teremos robôs fazendo com que a 'pianola toque sempre do mesmo jeito'. Ou seja, os métodos são necessários, porém, as atitudes das pessoas devem prevalecer”, diz Moisés Fry Snifer, especialista em estratégias e professor dos programas de mestrado e doutorado da FGV-EAESP.

Os executivos que estão contratando a geração dos recém-formados devem entender que a valorização demasiadamente da técnica pode ser um erro. A forma de agir sempre será mais importante para a obtenção de resultados. “Por isso, caros CEOs, deixem de lado o 'by the boss' e lembrem-se: são os indivíduos que constroem as empresas e o mundo”, completa Fry.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Olhos atentos


Já há alguns anos, as pessoas estão convivendo, mesmo que inconscientemente com o poder panóptico, que, segundo o filósofo e sociólogo francês Michael Foucault, serve para "normalizar" o sujeito moderno. Foram desenvolvidos mecanismos e dispositivos de vigilância, capazes de interiorizar a culpa e causar no indivíduo remorsos pelos seus atos. Todos se sentem relativamente desconfortáveis sabendo que há câmeras de monitoramento nas lojas, nos elevadores, algumas vezes no ambiente de trabalho e até mesmo nas ruas.

Agora é a vez da internet. Com o Analytics, por exemplo, um serviço de acompanhamento de ROI (retorno sobre investimento) e de SEO (search engine optimization), oferecido pelo Google, é possível monitorar quantos internautas estão visitando determinados sites, quanto tempo eles permanecem lá e como chegaram lá – se clicaram em um anúncio, se procuraram por um mecanismo de busca, ou se digitaram o endereço. Há ainda dados mais precisos: a que horas o consumido, em quais dias da semana e em qual região da cidade, estado e país o consumidor acessou a página. Tudo isso chega ao analista por meio de detalhado relatórios, repletos de dados e gráficos precisos.

Isso é muito bom para quem possui um negócio e, especialmente, para os donos de e-commerce. No entanto, isso pode ter reflexos negativos na vida das pessoas. O usuário comum de internet não sabe do alcance dessas informações.

Os comentários publicados em redes sociais, por exemplo (incrementados com a popularização dos smathphones), ficam com o poder dessas empresas que controlam esses dados. Segundo Alberto Albertin, do Programa de Excelência em Negócios na Era Digital da GV, o perigo está nesse cruzamento de informações, uma vez que não existe leis que protejam o consumidor nessa situação. "Mesmo que leis sejam criadas, o monitoramento de dados é inexorável", concluiu o professor.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Formação Internacional


O MPGI - Mestrado Profissional em Gestão Internacional, da FGV-EAESP, tem como intuito qualificar jovens profissionais para competências que o mercado internacional exige. Os candidatos com até três anos de formação têm a possibilidade de conquistar a dupla qualificação, reconhecida pelo CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

O título é concedido pelo CEMS - The Global Alliance in Management Education, parceiro global da FGV-EAESP e presente em outros 28 países e mais de 50 empresas. Com o inglês como língua oficial do programa, os alunos de pós-graduação de diversas instituições do mundo todo colocam em pauta as diferentes questões do cenário global do mundo dos negócios, trocando experiências e favorecendo, ricamente, as diversidades culturais.

As inscrições para o processo seletivo vão até 31 de janeiro de 2013 e ele é composto por provas de raciocínios crítico e quantitativo, inglês, avaliação curricular e entrevista pessoal. As aulas terão início em agosto do próximo ano, e a inscrição deve ser feita exclusivamente no portal www.fgv.br/mpgi.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O CEAHS da FGV-EAESP


A FGV-EAESP oferece o Curso de Especialização em Administração Hospitalar (CEAHS) em convênio com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Voltado para os profissionais formados há mais de três anos, o curso tem por objetivo expandir as habilidades sobre processos gerenciais da área da saúde.

Com mais e 35 anos de tradição, o programa forma gestores da área que se destacam no mercado. "O CEAHS passa por evoluções constantes para atender e antecipar as exigências do mercado", afirma Renato Guimarães Ferreira, coordenador dos cursos de especialização em Administração da FGV-EAESP.

A duração do curso é a partir de um ano e meio, e são oferecidas turmas semanais e aos finais de semana (sexta-feira e sábado). O processo seletivo é composto por provas de raciocínio crítico, redação em Língua Portuguesa e interpretação de textos; avaliação de currículo e entrevista pessoal. A inscrição deve ser feita exclusivamente pelo site www.fgv.br/ceahs até o dia 9 de novembro.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Começando de baixo


Muitos dos altos executivos de grandes empresas não nasceram em meio a riqueza e privilégio que hoje têm disponíveis. A maioria deles começou ocupando cargos pouco especializados ou tiveram uma infância difícil.

De acordo com Moises Fry, professor dos cursos de mestrado e doutorado da FGV-EAESP, que está escrevendo um livro com os perfis de 31 presidentes de companhias, "80% dos entrevistados vieram de famílias humildes ou começaram de baixo nas empresas, em serviços como office-boy. O que os diferenciou foi a determinação e o objetivo claro de crescer na vida".

A maioria parte desses profissionais são homens maduros, na faixa dos 50 a 60 anos, geralmente com formação técnica em algum tipo de engenharia, ou administração de empresas. "Um traço comum entre eles é que eles continuam estudando e incentivam seus subordinados a fazer o mesmo, dando o exemplo", comentou o professor.

O que esses experientes empresários, extremamente técnicos, estão relutantemente tendo que aprender é um novo modelo de gestão de pessoas, que apresentam mais emoção e questões pessoais no ambiente de trabalho. "É muito difícil mudar, mas eles precisam saber lidar com pessoas e suas emoções. No mundo politicamente correto de hoje, a pressão é natural", completa Fry.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Jovens devem investir em aposentadoria privada


Com o número crescente de aposentados no Brasil, em alguns anos, a proporção de trabalhadores inativos será tão pequena, que o atual sistema de aposentadorias será inviável. Os mais jovens devem começar desde cedo a fazer aposentadorias privadas – e esse hábito deve ser iniciado o mais cedo possível.

Os economistas aconselham que o importante não é o ganho, mas sim, o quanto a pessoa consegue economizar. De acordo com estudos, jovens brasileiros que poupam ainda são minoria, mas fazem parte de um grupo que vem crescendo no país: hoje, dois de cada dez planos de aposentadoria privada são feitos por jovens de até 30 anos.

Planejar a aposentadoria desde cedo pode garantir um futuro mais tranquilo e quanto mais tempo tiver para investir, maior será o rendimento e menor será a aplicação inicial. “A recomendação para os jovens é: comece o mais cedo possível. Mesmo que com pequenas quantias, o fundamental é começar esse hábito de disciplina”, relata William Eid, professor da FGV-EAESP.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os problemas do HC


O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, apesar dos vários planos de reformas e novas instalações, ainda sofre com a alta de demanda de pacientes. Para se ter ideia, a unidade de emergência do Incor funciona hoje com a taxa de ocupação de 230%, e ali perto, o Instituto Central tem média de 20 novos pacientes por hora.

A dicotomia de ser o maior complexo hospitalar do país, com fama de ser pioneiro em diversos tratamentos, e possuir as características tão inerentes à rede pública de saúde, como a superlotação, rondam o dia a dia do HC.

Segundo o hospital e médicos que lá trabalham, a série de problemas começa no modo de funcionamento do sistema público. Tecnicamente, o atendimento deveria ser feito em três etapas, sendo o primeiro para situações mais simples, como febre, o segundo para casos mais sérios, sob responsabilidade de hospitais de médio porte, e o último doenças e quadros de alta complexividade.

No entanto, essa divisão não existe, e uma pessoa que chega com uma simples gripe deve dividir espaço e atenção com baleados e feridos. A resolução seria direcionar atendimentos para outras unidades de saúde, o que representaria cerca de 70% dos pacientes do pronto-socorro do Central.

De acordo com o coordenador-adjunto do Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da FGV-EAESP, Álvaro Escrivão Júnior, faltam coordenação e articulação em toda a rede pública. "A principal razão para o hospital estar sempre lotado é o fato de que nosso sistema na região metropolitana não está organizado", afirmou o coordenador.

E o que só piora a situação é que todas as mudanças visadas demorariam anos até serem totalmente implantadas: dois anos para o surgimento de novos hospitais, e dez anos para a estruturação de toda a rede pública.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Carência dos profissionais de TI ainda é grande


A administração da saúde no Brasil sofre com a falta dos profissionais de Tecnologia da Informação. Hospitais, convênios e outras instituições ligadas à saúde têm dificuldades em modernizar a gestão e reduzir custos. Renato Sabbatini, diretor de educação e capacitação profissional da Sbis, Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, relata que hoje faltam cerca de 20 mil profissionais desta área no ramo.

Segundo Libânia Alvarenga Paes, coordenadora do curso de especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde, FGV-EAESP, o problema parte da premissa de que a tecnologia da informação ainda não é encarada como diferencial estratégico e competitivo no setor e concorre com outras tecnologias necessárias a um sistema de saúde, principalmente as diagnósticas. "Isso é um paradoxo: nenhum profissional de saúde trabalha sem informação", completou a coordenadora.

E esse problema não se limita ao âmbito nacional. Levando como base os Estados Unidos, por lá, faltam 50 mil profissionais com esta especialização, e uma parcela do problema pode ser direcionada à baixa formação profissional especializada. No Brasil, existem apenas dois cursos de graduação, sendo um deles o bacharelado em informática biomédica na Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto (este com 50 a 60 formandos anuais), e o outro da Universidade Federal do Paraná, ainda no segundo ano da primeira turma.

Um exemplo dessa escassez pode ser encontrado no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, que possui três vagas abertas para desenvolvedores na equipe de 55 pessoas da áreas de TI. No entanto, preenchê-las se tornou uma grande dificuldade, já que, segundo Wladinei Avanzi, gerente de TI do hospital, quem é qualificado não está disponível, ou quem quer preencher a vaga não possui a alta especialização necessária para a demanda de trabalho.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Jovem empreendedorismo


Foram mais de 360 empresas inscritas no Desafio Brasil deste ano, um dos mais concorridos concursos de startups do país, sendo que desse total, quase metade (49%) são extremamente jovens e foram criadas neste ano. Os projetos apresentados envolvem o universo da internet, como soluções digitaisplataformas de comunicação e redes sociais segmentadas.

Os prêmios são, na realidade, oportunidades de negócios e networking – jantares executivos, ou até mesmo uma vaga no concurso mundial de startups em Berkeley, Califórnia. Um dos fatores que mais chamou a atenção no Desafio Brasil deste ano é a pouca idade dos concorrentes: mais de 30% acabaram de concluir a faculdade, ou ainda estão cursando o ensino superior (27%)

De acordo com Adalberto Brandão, gerente de projetos do GVcepe, essa tendência mostra que o empreendedorismo está se tornando uma opção de carreira no Brasil. Apesar dos jovens estarem com ótimas ideias, ainda faltam modelos de negócios e experiência para gestão. “Metade das avaliações dos modelos de negócios mostra que eles ainda não sabem como irão ganhar dinheiro. O maior desafio é transformar essas férteis mentes em formas concisas de negócios”, concluiu Brandão.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ONGs e transparência

Cada vez mais conhecidas, compreendidas e respeitadas pela sociedade, as ONGs (Organizações não-governamentais) têm importante função na implementação e formulação de políticas sociais-somente aqui no Brasil, são mais de 300 mil.

Um pouco distante dos motivos pelos quais realmente deveria chamar a atenção, diversas dessas organizações estão entrando em foco por conta de fatores negativos: a falta de transparência coloca em risco a imagem de algumas ONGs, que, em alguns casos, passaram a ser associadas às estruturas de corrupção. “Como a maioria das empresas no País, as ONGs não têm de divulgar informações sobre suas operações, principalmente as financeiras. Mesmo as que são respeitadíssimas por sua reconhecida atuação social pouco divulgam a respeito de suas finanças. Curioso é que o foco da discussão tem passado longe desse problema básico”, relata William Eid Júnior, professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP.

De acordo com o professor, essa situação, no entanto, deve mudar. São muitos o que defendem a transparência, como a presidenta Dilma Rousseff, que quer saber se o dinheiro das ONGs está sendo bem aplicado. Um reflexo direto disso são os 19 projetos que tramitam no congresso federal, cujos textos preveem algumas maneiras de controles adicionais sobre as organizações, obrigando-as a divulgar informações. “O fundamental é que haja transparência. ONGs, assim como outras organizações cuja atuação tem impacto na sociedade, devem prestar contas a essa sociedade. A divulgação ampla dos seus atos, com destaque para os aspectos financeiros, é essencial”, finaliza Eid.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Preparo para o ingresso no mercado de trabalho


A FGV-EAESP é uma instituição de ensino que se preocupa em atender um público jovem que sai da faculdade, sem ter muitas ideias do que fazer na vida profissional. Para auxiliar o caminho desses graduados, a FGV-EAESP oferece um curso específico para recém-formados sem experiência de trabalho, o MBM (Master in Business and Management).

Esse programa tem por objetivo suprir a demanda de profissionais que ainda não têm perfil, ou experiência corporativa para fazer um MBA, mas que querem se inteirar mais sobre o funcionamento do mundo empresarial.

O curso de pós-graduação disponibiliza workshops, dinâmicas que visam à conclusão de um projeto voltado para a área de interesse do aluno e sessões de aconselhamento profissional realizadas em pequenos grupos. A próxima turma, de 40 alunos, deverá se formar no primeiro semestre de 2013.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Empreendedorismo e liderança


Apesar de estarem frequentemente associados, os termos liderançaempreendedorismo não caminham necessariamente juntos. Às vezes, uma pessoa surge com uma boa ideia, consegue transformá-la em um negócio rentável, mas não possui características para comandar o barco. Quando o empreendedor não possui essa característica, é preciso encontrar alguém que assuma o papel de líder.

Gilberto Sarfati, professor da FGV-EAESP, ressalta que é fundamental que, ao menos um dos líderes, seja também dono de uma empresa, pois é ele quem deve indicar o direcionamento da empresa e guiar a equipe para onde ela deve ir. Segundo o professor, as características mais pertinentes a um gestor são a capacidade de fazer escolhas sob pressão, inspirar, motivar, influenciar as pessoas e manter um diálogo direto e honesto com os membros da equipe.

Para saber se o empreendedor tem o espírito de liderança, é preciso fazer uma profunda e sincera autoanálise: "Pode começar revendo a sua trajetória na escola, na faculdade, nos empregos anteriores e constatando se costumava tomar a frente dos projetos ou não", aconselha Sarfati. No entanto, ao contrário do que muitas pessoas (incluindo diversos profissionais), a liderança é, sim, um dom que pode ser adquirido ao longo da vida. Algumas pessoas já nascem com essa característica, mas isso não quer dizer que ela não poder ser aprendida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O que faz um administrador público?


Mão de obra especializada é o que faz a grande diferença no mercado, atualmente. É importante ter um profissional qualificado nas diversas áreas, e no setor público, não deve ser diferente.

Os alunos que hoje movimentam a Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, colhem os frutos de uma história de 68 anos, quando surgiu a GV, na época com uma vocação bem específica: administração pública e privada. A FGV-EAESP veio 10 anos depois, em 1954, para formar um pessoal qualificado no principal centro comercial do País, até que há um ano, o curso de Administração Pública ganhou um vestibular e grade curricular próprios.

Segundo Fernando Abrucio, coordenador do curso de Administrado Pública da FGV-EAESP, o Brasil, para desenvolver-se mais no século XXI, vai precisar de uma esfera pública mais bem administrada. E para isso, vamos precisar de jovens que queiram ter essa capacidade de liderança e aprendem instrumentos técnicos para resolverem os problemas de políticas públicas (…)

“Nós [o mercado em geral] precisamos de muita gente com perfil específico de administrador público”, conclui Abrucio.

De acordo com o vice-coordenador do curso de Administração Pública da FGV-EAESP, Marco Antonio Teixeira, diferentemente do que muitas pessoas pensam, o administrador público não atua somente no governo, ele atua em carreiras do Estado, prestando concurso, em cargos de comissão, sendo nomeado por algum governante, mas também pode trabalhar em ONG’s e qualquer organismo internacional. O que importa é que a atividade profissional dele esteja voltada para a promoção do bem comum.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Conheça o Centro de Cooperação GV


O Centro de Cooperação GV coordena a oferta de atividades socioambientais para alunos das escolas de Administração, Economia e Direito da FGV em São Paulo.

O CCGV é criado com o intuito de complementar a formação social e profissional dos estudantes, professores e funcionários da FGV, além de desenvolver um conjunto de competências diversas e formação cidadã para a comunidade GV.

O programa apresenta duas vertentes: o de Voluntariado e Capacitação, e o de Disseminação de conhecimentos. Além dos modelos de voluntariado, o Centro também oferece programas e premiações nas áreas de sustentabilidade, capacitando os alunos a desenvolverem planos de negócios para o primeiro, segundo e terceiro setores.

Conheça mais sobre o programa em http://cooperagv.ning.com/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

FGV no auxílio dos candidatos ao ENEM


Nos dias 3 e 4 de novembro acontece o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Muito aguardada pelos alunos que estão concluindo o último ano do ensino médio, a prova tem por objetivo avaliar o ensino no país e o resultado pode somar pontos para diversos vestibulares, sendo que algumas universidades utilizam o sistema como único processo seletivo.

Para auxiliar os vestibulandos, a FGV lançou um site com aulas online e questões simulatórias para o exame, que possibilita que o conhecimento produzido nas Escolas da FGVEAESP, EESP, Direito Rio, Direito SP, entre outras – seja acessível a um grande número de alunos em todo o País, por meio da oferta de cursos criados tanto em uma única mídia quanto aqueles que utilizam, paralelamente, internet, encontros presenciais, TV via satélite e webcast. São cerca de 90 aulas, agrupadas em 15 cursos, que abordam as quatro grandes áreas de conhecimento nas quais o Enem é dividido: Ciências da Natureza, Humanas, Matemática e Linguagem e suas Tecnologias.

Atualmente, o banco da FGV conta com mais de 4.600 questões prontas, que foram formuladas por uma rede de mais de 100 professores de colégios públicos e privados. Para saber mais, acesse o site e bons estudos!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A Barsa na revolução digital


Lançada no mercado brasileiro em 1964, a enciclopédia Barsa fez muito sucesso desde a geração baby boomer e até relativamente pouco tempo atrás, quando a internet não tinha entrado nos lares do país. Em seus tempos áureos, eram vendidos mais de 100 mil unidades anuais da Barsa e, atualmente, esse número não passa de 70 mil, o que ainda é considerado uma boa margem pela Editorial Planeta, grupo que comprou a enciclopédia.

Para se adaptar ao mundo digital, a publicação passou a contar com um DVD exclusivo com acesso ao site Barsa. Hoje, por meio do pagamento de uma taxa anual de R$100, o cliente pode ter atualizações mensais – atualmente, são mais de 500 clientes ativos.

Apesar das vendas não terem decaído tanto com a popularização da internet, a Barsa quer conquistar, de modo incisivo, o mercado da classe média que consome mídias gratuitas, como o site de pesquisas Wikipedia. De acordo com o coordenador adjunto do Centro de Empreendedorismo da FGV-EAESP, Marcelo Marinho Aidar, a adaptação para o online não pode demorar. “O caminho é o digital. A Barsa continuará a ter espaço dela se fizer um modelo que dialogue, tenha matérias, assuntos com fotografias, vídeos e conteúdo dinâmico. O Estadão e Folha de São Paulo, por exemplo, disponibilizam seus acervos nos sites. O caminho é de reinvenção. Se nada mudar, nem a forma de vender, é uma questão de tempo para começar uma curva descendente”, disse o professor.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Planejamento de carreira


A temporada de caça a novos talentos começou. De setembro até meados de novembro, diversas empresas e multinacionais estão divulgando seus programas de trainees e selecionando candidatos recém-graduados para participarem de seus processos seletivos.

São ótimas oportunidades para um início de carreira sólido, com boas remunerações (iniciais, que giram em torno de 3 a 7 mil reais) e planos de carreira sedutores, possibilitando aos jovens chegarem em cargos de gerência em poucos anos. Ana Luísa Pliopas, coordenadora de estágios da FGV-EAESP, aconselha os interessados a se prepararem buscando informações da companhia em jornais e na internet. "Para ser selecionado, é preciso entender que tipo de profissional a empresa busca", comentou a coordenadora.

Esse tipo de experiência adquirida é muito válida para os jovens. Apesar da cobrança por resultados e a alta competitividade entre os participantes, o programa é muito útil para as pessoas que planejam chegar a altos cargos, ainda em tenra idade.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O que esperar de um MBA?


Os brasileiros estão entre os trabalhadores que mais esperam aumento salarial depois de realizar algum tipo de curso de pós-graduação. Um MBA deve ser pensado como um investimento a longo prazo, já que o principal objetivo desse curso é preparar o profissional para cargos de liderança, com pessoas que já possuem uma visão mais generalista e conhecimentos mais sólidos sobre negócios.

No País, os programas de MBA são considerados cursos de pós-graduação “latu sensu”, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, são considerados mestrados, já que por lá, a maior parte dos casos exigem dedicação integral ao estudo.

Quando for procurar por algum curso de MBA, é importante se certificar de que está ingressando em uma boa escola – desconfie da instituição que não possui nenhum tipo de crivo para a matrícula. É normal exigir um período mínimo de experiência profissional dos candidatos. Quanto à qualidade, cheque se a escola é certificada pela Amba (Associação de MBAs) , que garante a excelência do curso, como a FGV-EAESP.