sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O peso da experiência


Mesmo com o crescimento dos cursos de especialização, pós-graduaçãoMBA no País, o mercado ainda valoriza muito a experiência adquirida pelas pessoas ao longo da vida profissional. Muitas das grandes empresas procuram trabalhadores que acumulam anos de atuação na gestão de pessoas, com habilidades para lidar com o capital humano, independentemente da faculdade que cursaram.

Alguns especialistas acreditam que é importante buscar conhecimento em gestão de RH, o que pode ser adquirido com uma pós-graduação. "Temas como liderança e desenvolvimento de talentos são muito complexos para uma sala que não possui profissionais já experientes e atuantes no mercado", ressalta Renato Guimarães Ferreira, coordenador do curso de especialização em Administração para graduados da FGV-EAESP.

A EAESP ainda não pretende lançar um programa de graduação em gestão de RH. Para atender profissionais que buscam especialização, a instituição oferece o CEAG, curso de pós-graduação lato sensu em Administração, com módulos voltados à área. O curso foi desenvolvido para quem tem mais de três anos de formado. "O gestor deve ter uma visão integrada de todas as áreas funcionais, para compreender a dinâmica do negócio onde atua. Por isso, a grade curricular é bem abrangente", explica Ferreira. Para ele, o fato de gestores de RH virem de diferentes áreas não é um problema. "O importante é que ele tenha habilidade para dar o suporte à gestão de equipes e não deixe de se atualizar e de se especializar", completou.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Circuito mundial do ensino de negócios


O Brasil é um dos países que mais se destacam no cenário internacional e apresenta um dos maiores crescimentos econômicos. A falta de talentos realmente capacitados em gestão deveria ter colocado o país como prioridade para as principais instituições de ensino de negócios americanas, há pelo menos 15 anos.

O foco dessas escolas acabou sendo outro, que apresentou um plano mais estruturado de educação e apoio aos estudantes. Países do Oriente, como China, Cingapura e Índia, desenvolveram programas conjuntos com instituições locais, até conseguirem instalar campi nesses países. No entanto, desde 2010, os olhos estão cada vez mais voltados ao Brasil, o que fez com que diversas das principais instituições de ensino superior no mundo começassem a criar modelos de intercâmbio por aqui.

As escolas brasileiras de ponta passaram a estabelecer alianças com instituições de renome mundial. A ideia é escolher uma escola credenciada pelas principais entidades internacionais de avaliação de programas e bem classificada nos rankings internacionais. A Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), por exemplo, se associou à Kenan-Flagler, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, à Rotterdam School of Management, da Europa, ao Egade, do México, e à Universidade Chinesa de Hong Kong para montar o programa OneMBA, que este ano comemora seu 10º aniversário."Enquanto nos países ricos o número dos que querem obter uma pós caiu nos últimos dois anos, as inscrições para o programa OneMBA da FGV-EAESP duplicaram no mesmo período", afirma Marina Heck, reitora associada do curso da FGV-EAESP.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Construindo um líder


A qualificação e experiência de um profissional são as maiores preocupações dos presidentes de empresas no País, de acordo com o estudo Global CEO Study 2012, da IBM, que ouviu mais de 1700 presidentes de companhias, em 64 países. Desse montante, cerca de 87% pensam que a falta de competência dos funcionários pode refletir efeitos negativos sobre os negócios.

Para os cargos mais altos, essa qualificação implica em algum tipo de programa que proporcione o desenvolvimento de uma capacidade analítica mais profunda. Isso vem de acordo com as competências e exigências necessárias que os gerentes e diretores necessitam. Para muitos profissionais, o MBA também é o reforço que faltava para tomar a decisão de empreender. É comum encontrar profissionais que, ao término do curso, partem para a abertura de um negócio. "Quando se adquire o embasamento, as pessoas se sentem mais seguras para arriscar. Um curso forte de MBA desenvolve as competências e as técnicas para aprimorar essa segurança", afirma Silvia Sampaio, coordenadora executiva do OneMBA, da FGV-EAESP.

O uso de recursos tecnológicos também permitem a comunicação nos cursos que têm alunos de diversos países, como o OneMBA. "Usar a plataforma online é imprescindível para nós, pois nossos alunos estão em diversas regiões do mundo e têm de desenvolver projetos em conjunto", explica Sampaio. Isso facilita, ainda, uma relação com diversos outros países e culturas, característica inerente aos profissionais que ocupam altos cargos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Trabalhando com o Fundo de Poupança


Está um pouco mais fácil para juntar dinheiro com a atual situação econômica do Brasil. Por conta disso, cada vez mais o brasileiro está se interessando em investimentos para aplicar o excedente, procurando sempre opções simples, seguras e rentáveis para aplicar o dinheiro. “A poupança é um ótimo instrumento para a entrada no mundo dos investimentos. Simples, segura, com liquidez. No momento, não tem um rendimento atraente, mas é uma boa porta de entrada para o pequeno investidor”, diz William Eid Junior, professor da FGV-EAESP.

Com taxa Selic no patamar em que se encontra, muitos investidores se perguntam sobre o que vale mais a pena: investimento em fundos DI ou em poupança? Trata-se de produtos diferentes, mas que são utilizados para propósitos similares.

Há diversos tipo de investimentos considerados seguros pelos especialistas. Em relação à de caderneta de poupança, só há uma, mas em se tratando de investimentos em geral, há um conjunto imenso de considerações a fazer. “Projeto associado ao investimento, risco do investimento, outras rendas do poupador, idade dele e tributação a que está sujeito são apenas alguns dos aspectos a serem analisados. E como eles variam muito, a resposta também vai variar. O risco de perder o capital principal, que é a pior ameaça para o poupador, é muito baixo ou quase inexistente na caderneta de poupança, nos fundos DI e de Renda Fixa e nos CDBs”, completa Eid.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Reorganizando as tarefas


Uma das grandes reclamações dos profissionais da atualidade é a falta de tempo. Não são todas as pessoas que realmente se organizam e preparam as atividades de forma eficiente: “Se não houver gerenciamento do tempo, o profissional fica refém das circunstâncias", diz João Baptista Brandão, professor da FGV-EAESP.

Trabalhar muitas horas é um problema para a maioria dos profissionais. As soluções para melhorar a gestão do tempo podem ser simples e pequenos ajustes na agenda já produzem ganhos de eficiência. Veja algumas dicas:

Tecnologia a favor da rotina

Aplicativos de smartphones e tablets são a nova moda para organizar tarefas. Um dos mais famosos é o Evernote, disponível para iOS, Windows e Android, no qual é possível fazer anotações, armazenar arquivos e compartilhar informações.

Hora do dia

Acompanhar o comportamento da produtividade pessoal ao longo do dia é uma forma de identificar momentos em que a disposição para o trabalho está mais alta ou mais baixa.

Estipule critérios

Dedicar tempo ao que é mais importante por meio de critérios ajuda a organizar a agenda. Entre um compromisso prioritário e outro nem tanto, opte pelo primeiro, é claro.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Novo modelo de liderança


O papel de um líder hoje, no mundo dos negócios, está passando por uma grande transformação. Não basta apenas que o chefe diga como e o que deve ser feito – ele tem que explicar o porquê as coisas devem tomar um determinado rumo, e tem de fazer isso de modo convincente. Para João Baptista Brandão, professor de liderança e de gestão de pessoas na FGV-EAESP, a chave da nova liderança não está mais apenas na graduação ou na capacidade de gerenciar projetos, mas, tão importante quanto, é também saber gerenciar pessoas.

"Antes de tudo, é preciso construir vínculos de confiança. Sem confiança, os jovens não se comprometem", explica o especialista. O apego à informalidade é outra forte característica da geração Y, que está entrando agora no mercado de trabalho – outro ponto determinante é o imediatismo e volatilidade: se o jovem não está feliz no posto em que ocupa, nada o impede de seguir por outros caminhos. Não há mais o apego pelo trabalho que a geração anterior tinha.

A relação não-linear com a carreira é o que sintetiza essa Geração Y: ao mesmo tempo em que trabalham, eles também estudam, escutam música, veem um video que está fazendo sucesso, leem diversas noticias e compram coisas. Os gestores de RH que trabalham com métodos de décadas atrás irão ter muita dificuldade em se encaixar com esses novos trabalhadores.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cada vez mais cedo


Cada vez mais as pessoas estão querendo iniciar seus negócios mais cedo: mais da metade dos 56% jovens brasileiros desejam empreender. Os jovens da região norte do País são os que mais querem abrir uma empresa própria, seguidos pela região Centro-oeste, sul e nordeste e, por último, a sudeste. Na contra-mão dessa tendência, seguem as estatísticas dos jovens que querem trabalhar para empresas privadas: de 87%, no começo da década de 2000, para 75%, em 2011.

Os jovens têm grandes vantagens para começar um novo negócio, principalmente nos setores de informática e tecnologia. Esses representantes da Geração Y já cresceram com a internet em casa, o que estimulou muito o acesso a novas informações, de diferentes segmentos. Os empresários mais velhos, de olho nessa tendência, começaram a apostar nesse talento dos jovens, e já existem no mercado diversos fundos de investimentos que ajudam startups, cujos criadores são pessoas na faixa dos 20 e poucos anos.

Segundo o Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da FGV-EAESP - GVcepe, no ano de 2005, haviam, no Brasil, aproximadamente 71 instituições, que tinham cerca US$ 6 bilhões aplicados em fundos de investimento. No início de 2010, os números subiram para 144 gestores, que administravam capital investido de mais de 36 bilhões de dólares.

Administração também é uma arte


A Administração de Empresas, segundo especialistas, não pode ser tratada como uma ciência exata – ela é também uma arte! É preciso refletir sobre os assuntos e definir estratégias realmente inovadoras e criativas para ter sucesso na área. Tão importante que a própria criação de uma estratégia é sua implementação e o acompanhamento necessário para que os projetos cheguem ao objetivo.

Em grande parte das instituições de ensino superior, o estudo de Administração de Empresas encaixa-se nas áreas humanas (ao contrário das exatas, como muitas pessoas acreditam), justamente pela necessidade dessa formação humanística. “Se a técnica dominar as empresas, teremos robôs fazendo com que a 'pianola toque sempre do mesmo jeito'. Ou seja, os métodos são necessários, porém, as atitudes das pessoas devem prevalecer”, diz Moisés Fry Snifer, especialista em estratégias e professor dos programas de mestrado e doutorado da FGV-EAESP.

Os executivos que estão contratando a geração dos recém-formados devem entender que a valorização demasiadamente da técnica pode ser um erro. A forma de agir sempre será mais importante para a obtenção de resultados. “Por isso, caros CEOs, deixem de lado o 'by the boss' e lembrem-se: são os indivíduos que constroem as empresas e o mundo”, completa Fry.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Olhos atentos


Já há alguns anos, as pessoas estão convivendo, mesmo que inconscientemente com o poder panóptico, que, segundo o filósofo e sociólogo francês Michael Foucault, serve para "normalizar" o sujeito moderno. Foram desenvolvidos mecanismos e dispositivos de vigilância, capazes de interiorizar a culpa e causar no indivíduo remorsos pelos seus atos. Todos se sentem relativamente desconfortáveis sabendo que há câmeras de monitoramento nas lojas, nos elevadores, algumas vezes no ambiente de trabalho e até mesmo nas ruas.

Agora é a vez da internet. Com o Analytics, por exemplo, um serviço de acompanhamento de ROI (retorno sobre investimento) e de SEO (search engine optimization), oferecido pelo Google, é possível monitorar quantos internautas estão visitando determinados sites, quanto tempo eles permanecem lá e como chegaram lá – se clicaram em um anúncio, se procuraram por um mecanismo de busca, ou se digitaram o endereço. Há ainda dados mais precisos: a que horas o consumido, em quais dias da semana e em qual região da cidade, estado e país o consumidor acessou a página. Tudo isso chega ao analista por meio de detalhado relatórios, repletos de dados e gráficos precisos.

Isso é muito bom para quem possui um negócio e, especialmente, para os donos de e-commerce. No entanto, isso pode ter reflexos negativos na vida das pessoas. O usuário comum de internet não sabe do alcance dessas informações.

Os comentários publicados em redes sociais, por exemplo (incrementados com a popularização dos smathphones), ficam com o poder dessas empresas que controlam esses dados. Segundo Alberto Albertin, do Programa de Excelência em Negócios na Era Digital da GV, o perigo está nesse cruzamento de informações, uma vez que não existe leis que protejam o consumidor nessa situação. "Mesmo que leis sejam criadas, o monitoramento de dados é inexorável", concluiu o professor.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Formação Internacional


O MPGI - Mestrado Profissional em Gestão Internacional, da FGV-EAESP, tem como intuito qualificar jovens profissionais para competências que o mercado internacional exige. Os candidatos com até três anos de formação têm a possibilidade de conquistar a dupla qualificação, reconhecida pelo CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

O título é concedido pelo CEMS - The Global Alliance in Management Education, parceiro global da FGV-EAESP e presente em outros 28 países e mais de 50 empresas. Com o inglês como língua oficial do programa, os alunos de pós-graduação de diversas instituições do mundo todo colocam em pauta as diferentes questões do cenário global do mundo dos negócios, trocando experiências e favorecendo, ricamente, as diversidades culturais.

As inscrições para o processo seletivo vão até 31 de janeiro de 2013 e ele é composto por provas de raciocínios crítico e quantitativo, inglês, avaliação curricular e entrevista pessoal. As aulas terão início em agosto do próximo ano, e a inscrição deve ser feita exclusivamente no portal www.fgv.br/mpgi.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O CEAHS da FGV-EAESP


A FGV-EAESP oferece o Curso de Especialização em Administração Hospitalar (CEAHS) em convênio com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Voltado para os profissionais formados há mais de três anos, o curso tem por objetivo expandir as habilidades sobre processos gerenciais da área da saúde.

Com mais e 35 anos de tradição, o programa forma gestores da área que se destacam no mercado. "O CEAHS passa por evoluções constantes para atender e antecipar as exigências do mercado", afirma Renato Guimarães Ferreira, coordenador dos cursos de especialização em Administração da FGV-EAESP.

A duração do curso é a partir de um ano e meio, e são oferecidas turmas semanais e aos finais de semana (sexta-feira e sábado). O processo seletivo é composto por provas de raciocínio crítico, redação em Língua Portuguesa e interpretação de textos; avaliação de currículo e entrevista pessoal. A inscrição deve ser feita exclusivamente pelo site www.fgv.br/ceahs até o dia 9 de novembro.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Começando de baixo


Muitos dos altos executivos de grandes empresas não nasceram em meio a riqueza e privilégio que hoje têm disponíveis. A maioria deles começou ocupando cargos pouco especializados ou tiveram uma infância difícil.

De acordo com Moises Fry, professor dos cursos de mestrado e doutorado da FGV-EAESP, que está escrevendo um livro com os perfis de 31 presidentes de companhias, "80% dos entrevistados vieram de famílias humildes ou começaram de baixo nas empresas, em serviços como office-boy. O que os diferenciou foi a determinação e o objetivo claro de crescer na vida".

A maioria parte desses profissionais são homens maduros, na faixa dos 50 a 60 anos, geralmente com formação técnica em algum tipo de engenharia, ou administração de empresas. "Um traço comum entre eles é que eles continuam estudando e incentivam seus subordinados a fazer o mesmo, dando o exemplo", comentou o professor.

O que esses experientes empresários, extremamente técnicos, estão relutantemente tendo que aprender é um novo modelo de gestão de pessoas, que apresentam mais emoção e questões pessoais no ambiente de trabalho. "É muito difícil mudar, mas eles precisam saber lidar com pessoas e suas emoções. No mundo politicamente correto de hoje, a pressão é natural", completa Fry.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Jovens devem investir em aposentadoria privada


Com o número crescente de aposentados no Brasil, em alguns anos, a proporção de trabalhadores inativos será tão pequena, que o atual sistema de aposentadorias será inviável. Os mais jovens devem começar desde cedo a fazer aposentadorias privadas – e esse hábito deve ser iniciado o mais cedo possível.

Os economistas aconselham que o importante não é o ganho, mas sim, o quanto a pessoa consegue economizar. De acordo com estudos, jovens brasileiros que poupam ainda são minoria, mas fazem parte de um grupo que vem crescendo no país: hoje, dois de cada dez planos de aposentadoria privada são feitos por jovens de até 30 anos.

Planejar a aposentadoria desde cedo pode garantir um futuro mais tranquilo e quanto mais tempo tiver para investir, maior será o rendimento e menor será a aplicação inicial. “A recomendação para os jovens é: comece o mais cedo possível. Mesmo que com pequenas quantias, o fundamental é começar esse hábito de disciplina”, relata William Eid, professor da FGV-EAESP.