sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sustentabilidade no setor elétrico


O Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA ainda conta com a forte presença das empresas do Setor Elétrico: em sua oitava edição, das 37 companhias selecionadas para compor o indicador em 2013, 11 são elétricas, o que equivale a 30% da carteira.

O oitavo Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA, que foi divulgado no final de novembro, mostra a forte presença do setor de Energia Elétrica na carteira de ações; o ISE vai vigorar de 7 de janeiro de 2013 a 3 de janeiro de 2014.

AES Eletropaulo, AES Tietê, Cemig, Cesp, Coelce, Copel, CPFL Energia, EDP, Eletrobras, Light e Tractebel estão entre as elétricas. A WEG, que fornece equipamentos para o setor, também passa a fazer parte do índice em 2013.

O Centro de Estudos em Sustentabilidade, da FGV-EAESP, é o responsável pelo desenho metodológico do ISE, criado em 2005, e este método procura avaliar, de modo integrado, diferentes aspectos, como elementos ambientais, sociais, econômico-financeiros, de governança corporativa, responsabilidade social e mudanças climáticas.

A carteira do ISE abrange 16 setores da economia e é composta por 51 ações, que somam R$ 1, 07 trilhão, em valor de mercado.

O perfil do consumidor brasileiro

De acordo com projeções realizadas pelo Ibope Inteligência a respeito da economia brasileira, o consumo das família cresceu cerca de 13,5% em 2012, uma alta comparável a países como a China. Ainda segundo o instituto, até o final do ano, os gastos nacionais devem ultrapassar R$1,3 trilhão, o que equivalente à soma dos PIBs da Argentina e Suécia.

Atualmente, o mercado brasileiro é campeão em diversos setores. Em nenhuma outra nação, o comércio de Tvs de tela fina e celulares cresce com tanta velocidade. O país já é o quarto maior mercado de carros no mundo, o terceiro em cerveja e cosméticos e lidera segmentos alimentícios, como a de produção de achocolatados. Os brasileiros não estão apenas comprando mais – estão gastando com qualidade. A classe média, por exemplo, é responsável por quase 80% do consumo das famílias.

Embora as regiões Sul e Sudeste sejam as que predominam como forças econômicas, os estados do Norte e Nordeste estão crescendo a todo vapor no que diz respeito ao consumo e também ao emprego. De 2003 a 2011, a renda média do brasileiro aumentou cerca de 33%. “As empresas oferecem oportunidades com carteira assinada, o consumidor se sente mais confiante para obter acesso ao crédito e a economia toda é favorecida”, diz Marcelo Neri, economista e coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV-EAESP.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Evolução nos investimentos


A taxa de empreendedorismo no Brasil cresceu muito na última década, de 0,7%, em 2001, a 14,9% em 2011, de acordo com um estudo realizado pelo Centro de Empreendedorismo e Novos negócios da Fundação Getulio Vargas. Com esse novo índice, que pode ser reflexo de uma economia mais aquecida e de um maior índice de escolaridade da população, o país se aproxima do patamar dos países mais desenvolvidos. Os setores em que a necessidade prevalece são caracterizados por funções mais operacionais, como obras de acabamento, comércio varejista e lanchonetes.

Mesmo com esses dados animadores, os empregos gerados por esses negócios diminuíram. Em 2001, a maioria dos empreendimentos, cerca de 46%, agregava de 1 a 5 funcionários. Em 2011, esse total de empreendimentos caiu para 40%. Isso se deve ao fato da complexidade para se contratar mão-de-obra no Brasil e pelos altos tributos.

Esse novo perfil engloba também o gênero dos trabalhadores. Em 2001, as mulheres correspondiam a 38% dos trabalhadores, ao passo que esse montante aumentou para 49% em 2011. Também mudou o nível de instrução dos empreendedores: cerca de 20% em 2001, porcentagem que se manteve até 2011. No entanto, o número de indivíduos com o ensino médio ou superior incompleto cresceu de 34% para 69%.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mais empresas sustentáveis


Aumentou expressivamente o número de empresas que estão disponibilizando o relatório de sustentabilidade no Brasil. O total de empresas citadas pela BM&FBovespa que aderiu ao Relate ou Explique subiu de 45,31%, em maio, para 57,95%, em outubro de 2012. Ao todo, 253 corporações já informam em seu formulário de referência sobre a publicação de informações relacionadas às atividades de responsabilidade social ou explicam por que ainda não aderiram a essa prática.

O Relate ou Explique é um programa recomendado pela BM& FBovespa neste ano, com o intuito de facilitar o acesso de investidores e analistas a informações relacionadas aos negócios e às práticas de sustentabilidade das companhias, oferecendo transparência ao mercado. A iniciativa da bolsa estimula as companhias a indicarem em seus formulários de referência a publicação de relatórios de sustentabilidade.

As empresas que publicaram suas informações sobre o programa até o dia 19 de outubro, integram agora o banco de dados. Relatórios de sustentabilidade estão entre as principias fontes de informação utilizada por analistas e têm atraído um número cada vez maior de investidores, aponta um estudo realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (Gvces).

Programa de incursão internacional


A partir do próximo ano, um programa internacional da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, vai entrar em ação, simultaneamente, em escolas de negócio de cinco países. Esse programa de imersão vai acontecer no Brasil, Turquia, China, Espanha e nos Estados Unidos, com cada uma das cinco escolas ministrando um curso mais adequado às suas principais áreas de atuação. Aqui no Brasil, a FGV-EAESP vai promover um programa em marketing para pessoas de baixa renda.

Serão aproximadamente 30 alunos, de 22 instituições parceiras, que poderão fazer os cursos intensivos. Além disso, as instituições estão formalizando planos para compartilhar estudos de casos, que serão renovados todos os anos e de acordo com a realidade do mercado em tempo atual.

As escolas vão ainda trabalhar juntas para produzir mais estudos de casos. A Universidade de Yale e o mexicano Instituto Tecnológico Monterrey, por exemplo, já desenvolveram um caso sobre o Walmart no país latino.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Planejando a vida


O que você quer para sua vida nos próximos anos? Pensar na aposentadoria, pegar um tempo para si, ou investir na carreira? Para cada objetivo, há um planejamento a ser realizado e, para isso, faz-se necessário poupar com responsabilidade e disciplina

Acumular recursos para fazer um MBA, pós graduação ou um Master's Degree no exterior, por exemplo, exige grande planejamento e investimento. A variação cambial pode ser um grande problema nesse sentido – um montante de 200 mil reais em dois anos e, com uma taxa de câmbio a 2,30 reais, pode transformar os 200 mil reais 87 000 dólares, dinheiro que pode ser insuficiente para cobrir os gastos estimados.

Para um futuro tranquilo, a definição de onde investir para ter uma velhice confortável depende do perfil de risco de cada pessoa. Imaginando que o prazo de resgate seja flexível, por exemplo, o caminho natural, de acordo com o professor William Eid, da FGV-EAESP, seria procurar ações que ao longo do tempo ofereçam uma boa perspectiva de valorização.

Por uma outra perspectiva, um ano sabático fora do país pode ser uma boa maneira de se encontrar pessoal e profissionalmente. Aprender a aceitar a diversidade e administrar diferenças são qualidades que estão sendo cada vez mais valorizadas nos profissionais das gerações mais novas. Mas isso também exige um planejamento “Serão dois períodos distintos, o do sabático em si, que vai acarretar gastos grandes, e o período de busca de uma nova colocação profissional, na volta ao país", observa o professor.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Fundos de sustentabilidade


Fundos de sustentabilidade se diferenciam dos demais porque atraem investimentos em modelos de negócios que levam em consideração ações de responsabilidade social e ambiental. Já nos anos 1980, nos Estados Unidos, esse tipo de negócio passou a ser identificado pela sigla SRI (Socially Responsible Investments). Empresas que trabalham com tabaco, álcool, jogos de sorte e armamentos, companhias que compactuam com o trabalho escravo ou qualquer forma de discriminação, não entram na lista.

O advento do ISE pela Bolsa de Valores de São Paulo, com metodologia criada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola da FGV-EAESP, tem o mérito de incentivar o uso de boas práticas no meio empresarial. As empresas com este selo não são apenas um referencial para os investidores, mas também, um modelo de organização ideal em um mundo que pede cada vez mais por sustentabilidade.

O investimento nesse modelo vem subindo. Em 2007, o capital aplicado em fundos de sustentabilidade no país somava R$ 500 milhões. Um ano depois, a Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) estimou que os fundos de sustentabilidade na Bovespa somassem R$ 2 bilhões até o final daquele ano.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Startup brasileira vai para o Vale no Silício


Boas e simples ideias vem sendo cada vez mais reconhecidas no meio empresarial. As startups, geralmente iniciadas por jovens na faixa dos 20 e poucos anos, vem ganhando grande notoriedade, principalmente nos ramos da Comunicação e Tecnologia da Informação.

Um grupo de pernambucanos criou o Eventick, uma empresa de vendas de ingressos online que está provando que um negócio iniciado fora do eixo Rio-São Paulo pode se desenvolver positivamente. Em quase um ano de atividade, os quatro sócios se preparam para passar três meses incubados no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Eles fazem parte da única empresa pernambucana premiada pelo Desafio Brasil, do GVcepe.

Os jovens sócios embarcam em janeiro para a Califórnia, onde terão oportunidade de desenvolver o Eventick a partir de instrumentos e práticas norte-americanas. Há reuniões marcadas com investidores, contato com Venture Capital (capital de risco), ensino de práticas de gerenciamento de marca, acesso a rede de mentores especializados e relacionamento com clientes. Atualmente, a empresa possui mais de 23 mil ingressos emitidos e mais de mil organizadores, em 20 estados brasileiros.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

As mulheres e o mercado de trabalho


Nas últimas décadas, diversos acontecimentos marcaram a sociedade brasileira. Muitos desses motivos culminaram na crescente participação da mulher no mercado de trabalho, fatos estes que podem ser de origens econômicas, sociais e culturais. A transformação da estrutura produtiva, a redução na taxa de natalidade e o processo de urbanização são alguns desses motivos tão relevantes.

De acordo com dados do IBGE, a população brasileira é formada por 200 milhões de pessoas, sendo que pouco mais da metade (51%) são do sexo feminino. Estudos recentes mostram os cargos mais elevados e altamente remunerados, que vêm crescendo mais rapidamente entre mulheres do que entre homens desde a década de 2000. Em suma, as mulheres respondem por 41% da força de trabalho no Brasil, sendo que 24% delas ocupam cargos de liderança dentro das empresas.

Um reflexo dessa tendência foi a criação do 10.000 Mulheres, um programa de âmbito internacional, do qual participa a FGV-EAESP aqui no Brasil. O projeto visa auxiliar mulheres de vários países a concretizarem o sonho de iniciarem um negócio próprio. “As mulheres que procuram pelo curso são empreendedoras. Para concorrer a uma das 35 vagas, devem ter um negócio próprio em funcionamento e não serem ex-alunas da FGV-EAESP ou demais escolas da Fundação Getulio Vargas", diz Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Confira seu desempenho no vestibular da FGV-EAESP

As provas para preencher as 200 vagas do cursos de Administração de Empresas da FGV-EAESP, para o primeiro semestre de 2013, aconteceran neste domingo, dia 09/12. Divididos em dois períodos, os exames ocorreram da seguinte maneira: das 8h30 às 12h30, foi aplicada a prova com questões de múltipla escolha de matemática, português, inglês, história, geografia e atualidades. Das 14h às 18h, foram realizadas as provas discursivas.

A resolução da prova de Matemática Aplicada do Módulo Discursivo e o gabarito das questões de múltipla escolha para a graduação em Administração de Empresas serão divulgados amanhã, às 18h, no site: www.vestibular.fgv.br.

A lista com os aprovados no vestibular da FGV-EAESP sai no dia 11 de janeiro de 2013, às 18h, também no site da instituição. A matrícula para o curso de Administração de Empresas acontece no dia 05 de fevereiro.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Mestrado em Gestão Internacional


A FGV-EAESP está com as inscrições abertas para o Mestrado Profissional em Gestão Internacional (MPGI), criado especialmente para jovens profissionais com até três anos de formação e que procuram desenvolver as competências necessárias para posições de liderança em negócios.

Um grande diferencial do programa é a possibilidade da obtenção de uma dupla certificação, por meio de uma parceria com a escola brasileira e com uma instituição conveniada, como o CEMS – The Global Alliance in Manegment Educatiom, comunidade composta por universidades de 28 países e mais de 50 empresas.

Durante as aulas, tanto no Brasil como no exterior, o idioma oficial é o inglês, que é utilizado nas atividades acadêmicas e na elaboração dos trabalhos escolares. A estrutura do programa é bastante flexível, o que permite aos alunos escolher o que for mais conveniente em relação às sequências de disciplinas e às matérias eletivas.

O início das aulas está marcado para agosto de 2013 e as inscrições para o processo seletivo ocorrem até o dia 31 de janeiro. Interessados em conhecer detalhes do programa podem se cadastrar para sessões de informação com o coordenador do curso, a serem realizadas nos dias 10/12/12, às 13h, e 23/01/13, às 19h, nas dependências da escola. Informações: www.fgv.br/mpgi .

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Comportamento nas empresas


No universo corporativo, as pessoas passam pelas mais variadas situações e por algum motivo algumas coisas passam a não ser encaradas do modo socialmente considerado correto, mas sim, de acordo com o que a pessoa está sentindo na hora (muitas vezes, indo na contra-mão da ética).

“Ao lidar com os fatos da vida e fazer seus julgamentos, o cidadão usa sua escala de valores, e são elas que definem sua inserção na sociedade. Indignar-se com o absurdo é um valor. Ao deparar com uma notícia escabrosa de corrupção, como um crime hediondo ou uma atitude inverossímil, o cidadão tem de claramente manifestar sua contrariedade. Mais que criticar ou censurar, é necessário demonstrar com clareza a indignação com o fato”, diz Luiz Carlos Cabrera, professor da FGV-EAESP.

Isso pode ocorrer nos mais diversos âmbitos e, em uma empresa, a situação é parecida. Muitos se calam para não criar mal estar e, às vezes, preferem deixar a empresa. Seria melhor se demonstrassem sua indignação. É preciso gerar desconforto para mudar alguma situação indesejável. “O que recomendo, no entanto, é que a demonstração seja polida, calma, sem gritos, mas com muita consistência. O ato de se indignar deve ser baseado em fatos e não somente em opiniões”, completa o professor.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Negócios sustentáveis


Já é conhecido que o desenvolvimento de tecnologias verdes e energias renováveis tem se tornado um negócio lucrativo nos últimos anos e continua a atrair capitais. Só o setor energético apresentou um crescimento de 50% no faturamento, nos últimos três anos, alcançando a marca de 198 bilhões de euros.

A ONG ambientalista WWF prevê que até 2015, o mercado de tecnologias sustentáveis atinja a faixa entre 240 a 290 bilhões de euros. Estimular o crescimento de empresas com soluções criativas e de tecnologias limpas é uma necessidade diante da competitividade no mercado internacional.

Essa pujança é comandada principalmente pela China, que passou a União Européia no que diz respeito ao faturamento, indo de 13 bilhões de euros à marca de 57 bilhões.

Para que esse modelo seja aplicável, são necessários incentivos iguais no mundo todo, para que, dessa maneira, pequenas e médias empresas possam aderir a essa tendência. “Não é pela falta de projetos e boas ideias que essas empresas não decolam. As pequenas se ressentem pela falta de acesso às áreas de compra das grandes corporações que vão viabilizar a cadeia produtiva”, explica Paulo Branco, coordenador do projeto inovação e sustentabilidade na cadeia de valor do Centro de Estudos de Sustentabilidade da FGV-EAESP.

Por enquanto, o Brasil adotou uma posição passiva como importador desse tipo de tecnologia. Um dos motivos seria a falta de incentivos governamentais para o setor, como ocorre na Espanha, por exemplo, que é uma das maiores exportadoras de tecnologia eólica do mundo. No entanto, mesmo com um ritmo mais lento, a tendência é que a iniciativa privada do país passe a investir no mercado de maneira mais incisiva nos próximos dez anos.