quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Perfil do empreendedor muda para melhor


Uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getulio Vargas, em conjunto com o Sebrae, mostra que o perfil do público empreendedor brasileiro mudou. E os dados apontam que a taxa de sucesso das novas empresas também é maior, por conta desse novo perfil empreendedor. Em 2002, a parte da população referente a empreendedores era de 20,9%. Em 2012, esse número chegou a 30,2%, um crescimento de 44% na taxa de empreendedorismo.

Muito se deve a educação e formação dos jovens, que representam uma parcela considerável de novos negócios. Hoje, no Brasil, existem mais pessoas querendo ser dono do próprio negócio do que desejando um bom emprego. O nível de escolaridade dos empreendedores também colabora para números tão positivos na expansão e manutenção dos negócios novos.

Hoje, 47% dos empreendedores têm ensino médio completo, contra 29% em 2002. Esse tipo de formação ajuda os donos a tomar as decisões corretas. Prova disso é que 70% das empresas surgem porque seus donos souberam identificar uma oportunidade de negócio, e não por necessidade, que era o fator mais comum há 10 anos, já que, em 2002, apenas 42,6% dos empreendedores identificavam uma oportunidade.

Para Marcelo Aidar, professor de Administração e Empreendedorismo da FGV- EAESP, esses números fazem a diferença: “A chance de ele [empreendedor] conseguir criar um negócio mais robusto, que emprega mais pessoas, é maior. E isso é muito bom para a economia”.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Escola de Administração de Empresas da FGV, em São Paulo, realiza semana de estudos do Mestrado Profissional em Lisboa


Os estudantes do Mestrado Profissional em Administração da FGV-EAESP, da turma de 2011, tiveram a oportunidade de participar do primeiro “study abroad”, realizado em parceria com a Universidade NOVA de Lisboa. Os alunos da FGV-EAESP visitaram a NOVA School of Business and Economics e o Banco de Portugal, em um programa de uma semana, desenvolvido pelo diretor de educação executiva da NOVA e a pela coordenadora do MPA, Marina Camargo Heck.

“A possibilidade de intercâmbio já era oferecida individualmente a todos os estudantes do MPA, mas nem todos podiam aproveitar a chance. Além disso, foi uma oportunidade da turma vivenciar a experiência em conjunto”, comenta Heck.

O curso é todo ministrado em inglês, e nele os estudantes aprenderam quais são os desafios de empresas europeias e multinacionais que precisam manter seu crescimento e procurar mecanismos de inovação no mercado europeu afetado pela crise.

Marina Heck promete que a “study abroad week” começará a fazer parte da grade curricular do curso. O Mestrado Profissional em Administração da FGV- EAESP é o único em São Paulo que obteve a nota máxima da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O mercado dos consórcios


Mesmo contrariando algumas previsões que dizem que a oferta de crédito tende a cair por conta da estabilização da economia, os consórcios não param de crescer. Por meio deles, é possível adquirir desde um veículo até um imóvel, além de outros bens, como equipamentos eletrodomésticos, e diversos serviços, como viagens, festas de casamento e cursos universitários.

O professor William Eid Junior, coordenador do Centro de Estudos de Finanças da FGV-EAESP, acredita que o motivo do sucesso do consórcio é cultural, uma vez que o brasileiro não tem disciplina financeira e vê no consórcio uma opção para adquirir bens e muitas vezes não têm consciência das implicações do sistema "Mesmo que o participante faça os lances que podem dar a ele a chance de ter o bem antecipadamente, ele está em desvantagem, pois está desembolsando um volume maior de uma só vez, o que não ocorre num financiamento", explica.

Por conta disso, o sistema conseguiu reunir 5,13 milhões de ativos em novembro de 2012, de acordo com um balanço feito pela Associação Brasileira de Administração de Consórcio (ABAC). Dentre os cuidados necessários antes de tomar a decisão está o do cálculo do valor total que será desembolsado pelo bem – pagar duas vezes pelo valor, por exemplo - , além de ponderar o período dessas contribuições.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Startups em alta no Brasil

A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) apresentou uma pesquisa informal que mostra alguns números animadores para as startups brasileiras. De acordo com o estudo, foram investidos, em 2012, aproximadamente de US$ 850 no setor. Esse investimento de ouro, oriundo de outros países, foi tema de um debate durante a Campus Party 2013, que ocorreu na capital paulista.

No evento, a pesquisa da FGV-EAESP mostrou que aproximadamente 50% do capital investido por fundos de Private Equity no Brasil é de origem estrangeira.

A pesquisa mostra, ainda, que o capital comprometido desta indústria cresceu cerca de 45% ao ano, desde o final de 2004. Setores de informática e eletrônica foram os que mais receberam investimentos.
De 502 empresas brasileiras investidas por esses fundos, mais de 41% são empreendimentos em estágio inicial. Uma das modalidades mais típicas deste tipo de aporte são de títulos de dívida de empresas privadas, que são futuramente conversíveis em ações da empresa. Entre as áreas mais atrativas, estão as que fazem aplicativos para dispositivos móveis ou apostam na área de serviços.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O que deveria mudar nos impostos no Brasil?


O Brasil pode estar começando a mostrar sinais de desaceleração. Somente em 2012, com um refreamento da indústria brasileira, o mercado de trabalho recuou cerca de 1,5, em relação a 2011. De acordo com o Ministério da Fazenda,  somente na última década, houve um crescimento de 375,5% no valor das  importações. É o consumo que está comandando a economia – e isso não é sustentável.

“Falta uma política fiscal responsável, que cuide da reforma do sistema tributário e estimule a produção. A Constituição implementou no país um sistema tributário fundado em distribuição de competências tributantes, direitos do contribuinte e divisão de receitas tributárias. A estrutura fiscal tem por objetivo garantir o custeio do Estado. Uma espécie constitucional tipicamente brasileira, composta de União, Estados e municípios, reparte o poder político em três entidades federadas” diz Fernando Zilveti, professor da FGV-EAESP. Zilveti ainda acredita que os impostos diretos federais, como o Imposto de Renda, deveriam ser mais racionalizados, com uma urgente revisão de mecanismos simplificadores. A revisão desse imposto traria um valioso contributo para a justiça fiscal. A implementação de maiores faixas de progressão do imposto de renda e a revisão de isenção e dedutibilidade desonerariam os contribuintes individuais, a classe média, que mais paga impostos. Dentre outras ações, isso poderia animar o ânimo dos empreendedores para garantir redução, segurança jurídica e previsibilidade para o sistema tributário. Esses são um dos pilares para um crescimento sólido e de longo prazo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Novidades do GVcepe


Será lançado em abril, pelo Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da Fundação Getulio Vargas (GVcepe), o novo Panorama Brasil da Indústria de Private Equity. Será uma base de dados inédita sobre o ecossistema da indústria de capital de risco brasileira, levando-se em conta os anos-base de 2010, 2011 e 2012. O trabalho, que está sob a coordenação do professor da FGV-EAESP, Cláudio Furtado, está sendo feito em parceria com o Núcleo de Assuntos Estratégicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Uma publicação feita em 2011, abordava, dentre outras informações, assuntos como a evolução institucional do setor, governança corporativa nas gestoras e empresas da carteira, o impacto da indústria de private equity e ventura capital na economia e as perspectivas do setor para os próximos anos.

O GVcepe passará a publicar balanços semestrais do setor. Com essas estatísticas em mão, vai ser possível medir a performance dos diferentes tipos de fundos de capital de risco existentes no Brasil e ampliar o conhecimento sobre a indústria para a criação de políticas públicas nas áreas de inovação, capitalização e desenvolvimento tecnológico, tendo em vista o aumento da competitividade brasileira, deixando a base de dados ainda mais completa.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O fluxo de pessoas na cidade de São Paulo


Todas os dias, aproximadamente três milhões de pessoas se deslocam de bairros mais afastados da região metropolitana de São Paulo em direção ao chamado centro expandido. “Esse contingente de pessoas equivale a população do Uruguai", compara Ciro Biderman, especialista em economia urbana e professor dos cursos de graduação e pós-graduação da FGV-EAESP.

O tempo que essas pessoas levam para chegar ao trabalho impacta de forma negativa na qualidade de vida, por conta da baixa qualidade dos transportes públicos. Segundo o professor, no Brasil, governantes insistiram por muitos anos em subsidiar o transporte particular e sucatear o transporte público.

O desconforto e a demora cada vez maior nos deslocamentos empurram as pessoas para o transporte individual, que agrava ainda mais a situação. "Carro é como erva daninha, vai para onde se criam novos espaços", diz Biderman. Por conta dessa situação, o governo estadual decidiu reforçar os investimentos em transportes de massa sobre trilhos na área metropolitana de São Paulo. Ao todo, são R$ 45 bilhões no triênio 2012/2015, que incluem R$ 29,9 bilhões para expansão do metrô paulistano. Os recursos não se destinam apenas a novos trajetos, mas também a uma readequação dos carros e estruturas que já são utilizadas. A destinação de elevado volume de recursos para a construção de transportes sobre trilhos, porém, não é suficiente para resolver a deficiência aguda na oferta de transportes públicos na cidade de São Paulo. Biderman acredita que os BRTs (sigla em inglês para Transporte Rápido por Ônibus) devem seguir requisitos que nem sempre são aplicados nos corredores de ônibus existentes em São Paulo.

O acesso aos ônibus se deve dar em nível, diz, e também é importante que o pagamento seja feito antes de o passageiro entrar e que os coletivos disponham de espaço para ultrapassagem. Outra vantagem do sistema é o valor da obra: BRTs podem ser construídos a um custo de entre 10% e 15% menor do que custaria o mesmo trajeto por meio do metrô.

National Retails Big Show


Por meio do Centro de Excelência em Varejo (GVcev), a Fundação Getulio Vargas desempenhou um papel essencial na 102ª edição da National Retails Big Show (NRF), em Nova Iorque. O evento teve início há alguns anos, quando professores do GVcev, individualmente, acompanharam algumas delegações ligadas à entidades de classe.

Além das palestras e outras atividades que integram o evento, foram realizadas algumas visitas técnicas, nas quais a delegação foi recebida por executivos de grandes redes do varejo. "Foi possível observar os principais pontos e particularidades das maiores redes do mercado norte-americano. A cada fim de tarde, nos reuníamos para discutir sobre a aplicabilidade de tal modelo no país", completa o coordenador da GVcev, Jacques Gelman.

De acordo com o coordenador, os principais aspectos positivos dessa última edição do evento foram a competência e a qualidade técnica dos membros integrantes da delegação e as novidades e tendências apresentadas. "Tratam-se de novidades que já estão acontecendo e praticadas, como a relevância das redes sociais e a importância das compras pelo celular, que se acentuam cada vez mais, sobretudo para agradar a juventude americana, mais habituada às redes sociais e à tecnologia", completa Gelman.

Intercâmbio verde e amarelo


Com os olhos do exterior cada vez mais voltados para o Brasil, muitos estudantes e recém-formados de diversos países do mundo estão se interessando em passar um tempo no país para conhecer a realidade do mercado brasileiro. Esse público já entendeu que conhecer o mercado brasileiro mais a fundo pode dar a eles uma vantagem competitiva na carreira dos negócios. Compreender um mercado emergente é abraçar importantes tendências no mundo todo.

A FGV-EAESP é pioneira no recebimento de estrangeiros interessados no cenário brasileiro. Desde a sua criação, a instituição recebe alunos do exterior. A partir de 2001, no entanto, foi desenvolvido um curso especificamente para esse público, com duração de uma a duas semanas, que inclui aulas durante todo o dia, com professores da escola e palestrantes convidados, visitas a empresas e atividades socioculturais. O DDBDoing Business in Brazil tem por objetivo proporcionar uma visão dos aspectos políticos, econômicos e sociais do Brasil a profissionais, executivos e acadêmicos ligados a escolas estrangeiras, que têm interesse no mercado brasileiro.

Os alunos das escolas internacionais ainda são a maior parte dos interessados no curso, mas há um novo perfil que vem ganhando cada vez mais destaque no programa: são grupos de executivos - de uma só empresa estrangeira ou de companhias diversificadas, mas de um único país - que chegam aqui querendo conhecer melhor a realidade do mercado de negócios do Brasil.

Saiba mais em: http://eaesp.fgvsp.br/pt/ensinoeconhecimento/cursos/doing

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Franquia é o caminho mais fácil?


Algumas pessoas pensam que negócios franqueados não apresentam riscos, com pouco trabalho e muito dinheiro. É bastante claro que o setor de franquias vem crescendo muito no Brasil, mas uma visão um tanto destorcida, que a mídia ajuda a criar, acaba gerando uma falsa impressão de que esse é um tipo de negócio sem riscos. Obviamente que isso não é verdade.

Entrar no ramo de franquias pode traz diversas vantagens, sendo a principal, poder usar o nome de uma marca já bastante conhecida, além de receber o know-how do negócio de forma estruturada, que levou anos para a empresa franqueadora conseguir reunir. Há também algumas desvantagens, como a dificuldade em adquirir a franquia de uma marca mais consolidada, principalmente se a loja estiver em pontos muito disputados. Os franqueadores irão optar por alguém com mais experiência, como alguém que já seja franqueado da rede.

“Se você pensa em adquirir uma franquia, é importante pesquisar muito. Vá às feiras, converse com franqueadores, com outros franqueados, faça pesquisas por contra própria, enfim, procure se inteirar bem do mercado em que quer entrar. E, antes de tudo, escolha um setor que tenha a ver com você, que lhe traga motivação. Afinal, como em todo o negócio próprio, você terá que trabalhar muito” diz Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV-EAESP.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Novo produto do Facebook


Alguns investidores acreditam que foi Mark Zuckerberg, fundador e CEO da principal rede social do mundo, o Facebook, o principal responsável pelos problemas enfrentados pela empresa depois da realização do IPO, no ano passado. Desde aquela época, Zuckerberg quer provar não só que sua companhia é um ótimo negócio, mas que ele é um ótimo empresário.

A ação do Facebook, que estreou na bolsa americana cotada a US$ 38 e caiu para US$ 17, em setembro, chegou a US$ 32 no começo de fevereiro. Uma das explicações para a recuperação foi a expectativa em torno da apresentação de um novo produto: rede social contará com um mecanismo de busca. Trata-se da mais importante cartada do Facebook nos últimos anos, já que a apresentação desse produto marca a entrada do Facebook em um território amplamente dominado pelo Google.

Isso quer dizer, então, que o reinado do Google corre perigo? "De imediato, a busca do Facebook não ameaça o Google", afirma Marcelo Coutinho, professor da FGV-EAESP. "Mas, em três ou quatro anos, com o aumento dos dispositivos móveis, ponto onde o Facebook tem ganhado cada vez mais destaque, a conversa pode ser outra."

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Mulheres no comando


Mulheres que chegaram lá. Elas abriram seus negócios próprios, que deram certo, se desenvolveram, cresceram e apareceram. Andréa Villas Boas, em parceria com a filha Bruna Villas Boas Diehla, escreveu a obra “Elas empreendedoras”, que mostra histórias de empreendedoras de sucesso e dados tirados de pesquisas que já existiam e que foram complementados por informações coletadas em pesquisas das próprias autoras. Elas conseguiram identificar alguns pontos fortes que as mulheres empreendedoras têm: enquanto os homens são mais objetivos, práticos e têm habilidade para lidar com finanças, elas demonstram sensibilidade e, por isso, conseguem controlar equipes mais facilmente, além de terem uma visão mais geral do negócio.

Maria José Tonelli, vice-diretora da FGV-EAESP explica que, segundo as pesquisas, quando as mulheres empreendem, os conhecimento e desenvolvimento delas no mercado passam para familiares próximos e até para quem vive na mesma cidade. Esse é um dos motivos para a FGV-EAESP oferecer qualificação voltada especificamente às mulheres empreendedoras, como a participação no Programa 10 000 Mulheres.

Patrocinado pelo banco de investimento Goldman Sachs, o programa tem por objetivo selecionar mulheres que já tenham o próprio negócio, mas que não tiveram acesso a cursos de administração. Maria José, que também é coordenadora do projeto na FGV-EAESP, fala que essas empreendedoras têm aulas de finanças, marketing e operações gerenciais. “Hoje em dia, o mundo dos negócios é muito sofisticado. Não basta ter uma boa ideia e trabalhar bastante, tem que ter conhecimento do que está acontecendo ao seu redor”.

O curso é totalmente gratuito e é ministrado apenas em São Paulo, na própria FGV-EAESP. As aulas da 9ª turma começam em 1º de fevereiro e terminam em maio, e mulheres do país inteiro podem de inscrever.